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  • Foto do escritorRita Farchi Reis

Sigmund Freud: desvende seus sonhos segundo a psicanálise

Sigmund Freud revolucionou o estudo sobre interpretação dos sonhos, quando publicou o seu livro “A Interpretação dos Sonhos” no ano 1899 com data de 1900. Começou a escrever o seu livro 4 anos antes de sua publicação, no ano de 1896. No lançamento da primeira edição de seu livro, foi vendido apenas 8 livros.


O grande sucesso deste tema abordado por Sigmund Freud foi no ano de 1939, no final da segunda grande guerra, quando seu livro de fato fez muito sucesso. O que levou Sigmund Freud a iniciar suas autoanálises e olhar para dentro de si foi à morte de seu pai Jacob Freud, em Outubro de 1896.


Pode-se dizer que este acontecimento foi um marco em sua vida, um dos motivos do seu despertar pela Psicanálise. Clique aqui e conheça 10 fatos curiosos sobre o pai da psicanálise.


Para publicá-lo, Sigmund Freud realizou sua autoanálise por muitos anos, inclusive as interpretações de seus próprios sonhos, pois entendeu que para analisar e interpretar o sonho de outras pessoas seria necessário saber interpretar os seus sonhos.


Desde criança ele anotava os seus sonhos e os interpretava. Todo este estudo o fez quebrar diversos paradigmas de que o sonho é algo premonitório, místico, sobre manifestações divinas ou revelações dos deuses, o sonho se trata exclusivamente de lembranças e emoções guardadas sobre o sonhador.


Outro mito forte em nossa sociedade é que sonhos repetitivos, estes sim, se tratam de premonições, mas na verdade eles só se repetem porque este tema pode ainda não ter sido resolvido, não é premonição.


Mas ainda nos dias de hoje, há pessoas que analisam os sonhos como sendo premonitórios e há pessoas que acreditam nestas adivinhações, há livros que são vendidos onde são descritos cada significado de cada sonho. Algumas pessoas que fazem uma fezinha e jogam no bicho quando sonham com algum animal, quando dão sorte e acertam o jogo, afirmam e acreditam mais ainda que o sonho pode sim ser uma premonição.


O fato é que acreditamos no que mais nos convém e no que não nos retira da nossa zona de conforto. Hoje vamos abordar um tema no mínimo enigmático para todos nós a técnica Interpretação dos Sonhos.


Conheça outra técnica de Freud: a livre associação


A teoria topográfica nos confirma que há a existência do inconsciente no sistema límbico e os nossos sonhos nada mais são que a entrada real para o psiquismo. Nele há um aprofundamento de quem somos que nos possibilita falarmos de nós.


Segue os processos envolvidos para a elaboração dos sonhos, para que ele passe pela censura, ao todo são sete fases.


São eles: dramatização ou concretização, condensação, desdobramento ou multiplicação, deslocamento, representação pelo oposto, representação pelo nímio e representação simbólica.


De acordo com o envolvimento destas sete fases, podemos observar que vários de nossos sonhos são imensamente dramatizados, como se estivéssemos assistindo uma peça teatral.

Pode inclusive aparecer uma pessoa que possui um pouquinho das características de cada pessoa que conhecemos tudo isso em um único sujeito e em alguns sonhos há lembranças que ficam mais fortes, como informações, imagens, sentimentos, memórias entre outras sensações.


Para interpretar os sonhos, precisamos entender que há dois tipos de elementos importantes:

  • Conteúdo manifesto: Trata-se das lembranças e emoções que vem na memória quando acordamos;

  • Conteúdo latente: Trata-se do sonho analisado, sinais que estão bem guardados em nosso inconsciente e começam a ser revelados. Os sonhos falam conosco através de memórias e emoções, basta estarmos dispostos a fazer uma viagem interna e analisarmos a fundo para desvendá-los.

Todos nós temos em média seis sonhos por noite, mas normalmente não nos lembramos de todos eles. Há pessoas que se lembram destes sonhos, outras nem tanto para não serem confrontadas e para se protegerem.


O que de fato diferenciam estas pessoas são o quanto estão dispostas a olhar para dentro de si, de forma verdadeira e tentar encarar seus medos, desejos, inseguranças e quaisquer outros sentimentos e memórias.


E ainda há pessoas que ao sonhar, transferem todas as suas memórias e emoções para outros sujeitos. Por exemplo, alguém sonha que a amiga está grávida, logo ela liga para sua amiga e conta a notícia, dizendo que há bebezinho chegando por aí! Mas acredita que é da amiga. As pessoas que aparecem em nossos sonhos falam apenas do sonhador, que somos nós.


Aproveite e conheça melhor sobre esses mecanismos de defesa.


Quando um paciente procura um Psicanalista para ajudá-lo a interpretar seus sonhos, é imprescindível que o profissional de Psicanálise saiba interpretar os seus próprios sonhos, seja um bom ouvinte, saiba fazer perguntas importantes e poderosas e tenha a capacidade de fazer leitura corporal, pois o nosso corpo fala muito mais que nossas próprias palavras e muitas vezes o paciente se nega a ver e expor alguns fatos de sua realidade.


O que acontece muitas vezes é que as pessoas veem as nossas fragilidades, mas nós não vemos. Temos vergonha de ser e assumir quem realmente somos e acabamos ignorando os sinais que poderiam nos ajudar a mudar e transformar nossa vida em algo mais positivo.


A verdade é que não gostamos de desvendar quem somos, porque para isso precisamos olhar para o nosso interior e isso não é tão agradável.


Se não realizamos os nossos desejos, provavelmente eles aparecerão em nossos sonhos.

Quando começamos a olhar para nossos pontos a melhorar, damos o primeiro passo e começamos a evoluir. O amor ajuda muito nesta construção, podemos notar que uma pessoa amada se sente segura e para nos sentirmos assim, basta aprendermos a ser amados por nós mesmos.


O que não podemos evitar é que quem nos domina é o nosso próprio inconsciente.


Gostou desse artigo e quer saber mais sobre psicanálise ou coaching? Clique aqui e entre em contato comigo para uma análise.

Rita Farchi Reis

www.ritareis.com.br


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