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  • Foto do escritorRita Farchi Reis

Sigmund Freud: 10 fatos curiosos sobre o pai da psicanálise

1. Origem

Sigmund Freud nasceu em 06/05/1856, em Freiberg e viveu a maior parte de sua vida em Viena, era o mais velho de 7 filhos.


2. Estudos

No Colégio, se destacava como o primeiro da turma, produzia melhor numa atmosfera sólida e organizada, inteligente, conservador, judeu descrente e questionador, que sonhava com a fama.


Em 1877, se tornou um jovem ambicioso, dedicado à Ciência. Estudou anatomia do cérebro e publicou ensaios científicos. Admirava, imitava e temia seu professor Bruke, cientista muito famoso na época.


3. A paixão por Martha Bernays

Aos 26 anos conheceu Martha que tinha 21 anos na época. Mandava-lhe flores diariamente, cartas apaixonadas e 2 meses depois ficaram noivos. 6 meses depois de conhecê-la, sem condições de se casar, tomou uma difícil decisão, seguir o caminho da medicina, pois somente assim teria condições de estabelecer-se e pedir Martha em casamento.


Passou os próximos 3 anos no Hospital de Viena e raramente encontrava-se com Martha, pois ela havia se mudado com a família para Hamburgo. Casou-se com Martha após 4 anos de espera em 14/09/1886, casamento este que gerou-lhes 6 filhos.


4. Estudos com cocaína

Na Faculdade de Medicina, fez experiências com a cocaína, conhecida na época como um potente analgésico e auxilio no tratamento para depressão.


Nesta época, Freud reclamava de falta de energia e depressão e a cocaína ajudava-o em seu humor e disposição. Prescreveu a droga para si, amigos e Martha, mas logo a mesma foi proibida, pois descobriu-se que além de seus benefícios, levava os pacientes ao vício.


Em 1885 foi para Paris. Ganhou uma bolsa de estudos com o Neurologista Charcot, o qual Freud admirava.


5. A descoberta do poder da mente

Charcot apresentou a Freud o poder da mente até mesmo sobre o corpo. 5 meses depois retornou a Viena e em sua clínica tratava pacientes com distúrbios físicos e nervosos através da eletroterapia, porém identificou que este método não era eficaz, então recorreu ao médico Breuer que utilizava a hipnose como tratamento.


Freud já havia estudado o cérebro, agora era a vez da mente:


Ele colocava os pacientes em transe hipnótico, falavam sobre coisas proibidas, havia cura durante a hipnose e logo depois a doença retornava, então, abandonou a hipnose e iniciou a técnica da pressão, onde pressionava a mão na testa do paciente e pedia para lhe contar suas lembranças, mas sem grandes evoluções.


6. A técnica de ouro da psicanálise: livre-associação

Foi então que descobriu a técnica de livre-associação, base de seu tratamento, onde pedia para que o paciente falasse e ele escutaria. Freud escutava seus pacientes, ao contrário de Charcot que sugeria a melhora.


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Nas férias, conheceu Katarina, que sofria de histeria e havia pedido-lhe ajuda. Aplicou-lhe a técnica de livre-associação onde à mesma expôs com facilidade todas as suas inquietudes e lembranças da infância e no final de tudo, sentiu-se aliviada. Com esta experiência, ele pode compreender que os histéricos reprimiam algo, tornar o inconsciente consciente seria a cura, quando as pessoas falam elas se libertam.


7. A auto-análise

Porém toda a evolução de Freud, ocorreu na virada do século XX, quando entendeu que para lutar com o demônio dos outros, precisaria lutar com os seus. Compreendeu que precisaria ser o paciente para se transformar no analista.


Trabalhou em seu inconsciente, realizou auto-análise, tudo era relevante, até mesmo os sonhos.


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Freud e o psiquiatra Breuer, aperfeiçoaram suas ideias sobre histeria, mas a amizade chegaria ao fim, devido à crença de Freud que tudo estava ligado as experiências sexuais traumáticas na infância. Esta crença não agradava Breuer que se opunha ao tema genérico sexualidade.


Mas Freud fez uma nova amizade com o Fliess, otorrinolaringologista, médico bem sucedido, o qual tornou-se uma referência, fonte de admiração e seu amigo confidente.


8. A neurose e histeria

Na década de 1890, Freud tentava descobrir a neurose, associava lembranças e sonhos, estava perturbado e temia pela sua morte. Com sua atenção voltada toda para este enigma, consequentemente Martha ficou sem atenção, até porque ela não se interessava muito pelos temas psicanalíticos.


Nesta busca da explicação sobre neurose, preparado para discordância e ceticismo, em uma palestra com um grupo de médicos, revelou suas teorias sobre a origem da histeria:


Choque pré-sexual ou sexual e traumas infantis, causados pela violência sexual sobre crianças. Foi desafiador, pois o assunto era reprimido na época. A teoria foi rejeitada e ele ficou frustrado.


9. Relação conturbada com o pai

Em 23/10/1896, Jacob pai de Freud, morreu em Viena aos 80 anos. Sua morte o abalou e o levou a inquietudes, pois seu passado foi reavivado, através de sonhos e lembranças. Com 40 anos de neurologista, desconhecido, ambicioso e com diversas crises de depressão, percebeu que os problemas dos pacientes refletiam nele.


Quando tinha apenas 3 anos, em 1859 ocorreu a falência de seu pai. Ficou forte a sensação de deixar para trás tudo que amava, sofreu com a perda irreversível, tinha muita saudade de casa e de sua infância. Escondeu por toda sua vida, a decepção que sentia pelo seu pai. Jacob era submisso e vivia da generosidade dos parentes. Ele queria um pai herói e desafiador. Não sentia orgulho e acabou perdendo o respeito por ele. Tinha o pai como um rival e isto gerou-lhe um sentimento de culpa.


Identificou que sofria de leve histeria e entrou em conflito, pois se a histeria era ligada a sexualidade, começou a achar que o pai abusava dele e dos irmãos.


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Começou então a não acreditar em sua teoria sobre a neurose e questionar se haviam outras causas para o mal, pois não havia sido capaz de curar-se, concluiu que a maioria dos seus pacientes neuróticos, não havia sofrido abusos de seus pais.


Após sua teoria destruída, perdeu as esperanças de fama eterna.


10. O nascimento da psicanálise

Através da auto-análise, acreditava que seus pacientes relatavam fantasias. Na maioria dos casos não houvera abuso sexual, mas sim, fantasias e traumas, que representavam desejos conflitantes e inaceitáveis, mas não a realidade. Com o foco alterado, da sedução para a fantasia, o desafio era trabalhar na força da imaginação e significado dos sonhos.


Ele havia encontrado o mundo da mente, auto-ilusão, verdade, auto-confrontos, conflitos, consequentemente o nascimento da psicanálise.


Sonhos, nossos desejos mais secretos, podiam ser interpretados, através da livre-associação, mesmo através de lembranças desconexas, conectados a acontecimentos do presente, passado, de acordo com cada paciente.


Freud tinha memórias fragmentadas de sua infância. Conheceu a pobreza e tinha medo constante dela. Em sua auto-análise, descobriu o desejo ardente que sentia por sua mãe Amália, estava apaixonado e sentia ciúmes do pai. Estava vivenciando o complexo de Édipo.


Em 04/08/1899 terminou seu livro “A Interpretação dos Sonhos”, o qual falava sobre a técnica que possibilitava a interpretação dos sonhos e sobre a teoria do funcionamento da mente, percepção, memória, desejos, Complexo de Édipo, sexualidade infantil, livre-associação, enfim colocou o inconsciente no mapa. Apenas 20 anos depois do lançamento, Freud alcançou a fama.


Em 1939 Freud faleceu de câncer bucal.


Enfim, a partir da análise de pacientes, Freud começou a analisar o mundo em si, elaborando uma visão perturbadora da condição humana de que pessoas são guiadas por forças mentais que se escondem por trás da consciência.


Conhecer-te a ti mesmo, é uma necessidade.


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Rita Farchi Reis




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