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A doença do século XXl: depressão. Um inimigo potente e silencioso

Foto do escritor: Rita Farchi ReisRita Farchi Reis

Pode-se dizer que a doença predominante no fim século XlX e começo do século XX era a histeria. Amplamente estudada por Freud. Entretanto, a doença predominante no século XXl é a depressão.


Apesar de muita gente desacreditar que depressão seja uma doença, posso afirmar que se trata de algo muito grave e que pode inclusive levar a morte. Trata-se de uma doença física, mental e espiritual que pode ser dividida entre três sintomas: cognitivos, fisiológicos e comportamentais.


Podemos dizer que quando a depressão se instala na pessoa, ocorre no cérebro um desequilíbrio químico uma alteração na produção de neurotransmissores, de hormônios cerebrais como:


A serotonina (responsável pelo humor, apetite, sono), noradrenalina (neurotransmissor do sistema nervoso simpático, mantém a pressão sanguínea normal) e a dopamina (condução de impulsos nervosos pelo corpo, controle de movimentos, memória e prazer).



Hoje em dia há um grande número de afastamentos no país, devido a enorme quantidade de pessoas que sofrem com quadros depressivos. Estar em depressão, não é ruim apenas para as pessoas que estão depressivas, mas também para as famílias, amigos, empresas e a economia do país de forma geral, tudo é afetado como se fosse um círculo.


Todos nós já convivemos com um parente ou um amigo que apresentou algum quadro depressivo e todos sem exceção corremos o risco de apresentar os sintomas da depressão ao longo da vida.


O que todos sabemos é que ninguém entra em um estado depressivo do nada. Cada um tem uma história. Há fatores que começam de fora para dentro e outros de dentro para fora e a diferença é que cada pessoa tem uma forma diferente de encarar os fatos.


Tudo está ligado ao nosso estilo de vida, stress, genética, alimentação, problemas pessoais e profissionais, bullying, entre outros fatores.


A depressão normalmente começa com uma tristeza e muita gente afirma que se trata apenas de uma tristeza momentânea, mal sabem elas, que podem estar entrando em depressão. Entristecemos-nos normalmente porque temos motivo para isso e muitas vezes criamos esse motivo.


Mas podemos diferenciar a tristeza de uma depressão, quando ela se torna insistente na rotina das pessoas. Tristeza é passageira e a depressão é insistente e dura.


Trata-se de um tremendo sentimento de impotência que pode inclusive levar ao ponto extremo da dor, o suicídio. As pessoas que sofrem de depressão, passam a não ter mais o controle consciente de tudo que estão fazendo e pensando.


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Notamos, as pessoas que sofrem de depressão, mais tristes, desacreditadas da vida, do mundo, do futuro, dos amigos, com insônias matinais, sentem opressão no peito, sensação de vazio, vivem intensamente uma dor que não sabem muito bem de onde vem, uma vontade de chorar constantemente e uma sensação de inutilidade o tempo todo, como se não servissem mais para as pessoas ao seu redor e consequentemente para o mundo.


Tudo e todas as atividades que antes geravam algum sentimento de prazer, passam a não ter mais o mesmo valor. Os homens são mais apáticos e consequentemente mais difíceis de desenvolver um quadro depressivo, portanto representam um percentual pequeno desta estatística.


Já as mulheres, são mais empáticas, tem o dom de se colocar no lugar do outro, bem mais emotivas que os homens. Tudo isso contribui para que as mulheres desenvolvam muito mais um quadro depressivo do que os homens.


Lógico que no meio de tanta gente, existem pessoas mais vulneráveis a depressão e dentre elas notamos que as mais introvertidas, pessoas preocupadas com o seu próprio mundo e que tem menos amigos ou quase nenhum, desenvolvem mais depressão do que as pessoas mais extrovertidas que sempre estão com bastante energia e muitos compromissos ao longo do dia, elas ocupam a cabeça com diversos assuntos.


Há pessoas que focam em tudo que não tem e criam uma crise de comparação com o próximo, colocam a sua felicidade como dependência do outro e espera sempre que o outro faça algo que a deixe feliz e confortável.


Entre as causas da depressão podemos perceber a pré-disposição genética, alterações hormonais, lembranças ruins armazenadas no hipocampo, crenças negativas sobre si mesmo, falta de socialização entre outros.


Por exemplo, se eu dei um significado ruim para algo na minha infância, este pode ser um fator importante que poderá ajudar a desencadear uma depressão. Quando uma pessoa em sua infância vive repetidas vezes em situações estressantes, o hipocampo pode ser danificado e o funcionamento dos neurônios alterados, tornando-se assim um forte candidato e desenvolver a depressão.


Vale observar que uma pessoa que, por exemplo, convive com uma repetição de padrões, ou seja, uma mãe muito depressiva, que vive se lamentando, como se nada estivesse bom, muito desanimada, entre outros sintomas, tem mais chances de desenvolver a depressão que uma pessoa que não convive neste tipo de ambiente.


Mas mesmo de acordo com este cenário, é completamente possível sair de uma depressão profunda.


O tratamento é realizado com profissionais especializados, medicamentos antidepressivos, terapias, porém uma boa alimentação, prática de exercícios físicos, parcerias familiares e encontros com os amigos são fundamentais para que o processo seja concluído com sucesso de cura.


Se concentrar naquilo que tem, no que depende de você e ter atitudes e crenças positivas também ajuda muito.


O ideal é deixar o preconceito de lado e procurar ajuda, além disso, é importante se entregar ao tratamento e fazer parte do processo de cura, estar por inteiro e intensamente nesta etapa importante, procurar trazer para o consciente, os pensamentos inconscientes e começar a questioná-los, possibilitando assim, mais um caminho de cura.


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Rita Farchi Reis


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